Diário de escrita ou a escrita do diário - cinco
Cada semana uma pergunta para mergulhar enquanto escrevemos
Foram dias complicados para mim e para a escrita. As palavras não queriam aparecer. Tentei, escrevi, mas era sempre com muito esforço. E, às vezes, acontece. Fase que chama.
Eu passei por esse processo recentemente com a corrida, a briga dentro do hábito. E entendi que soltar me faz voltar. Hoje mesmo enquanto eu estava correndo perdi o fôlego e começou aquela luta interna, “você não consegue, não é pra você, mas não é possível depois de dois anos correndo você sofre”. Quando isso aconteceu eu fiz um “shh” interno e comecei a andar. Só andar. Depois de um tempo, chegou uma música animada e comecei a correr de novo, parei um pouco pra respirar, aí passei na frente da casa de um ex e sempre corro quando passo por lá (podem rir), então acelerei de novo, e quando eu vi: corri muito.
Aí vem o escrever, algo que eu faço todo dia.
Eu chamo meu caderno de Gabriel. Não sei se contei aqui, em homenagem ao meu amigo, que me deu meu atual caderno. Ele tem um apelido e eu não chamo ele de Gabriel, então facilita a minha conexão com o caderno. Ontem, era um dia bom pra escrever, domingo aquela coisa: sem pressa. Mas não deu vontade e escrevi pro Gabriel: “não quero escrever! Quero só viver!”. E ainda completei com um “tá tudo bem tb, Gabriel”. Uma frase mais pra mim do que pra meu amigo imaginário, obviamente.
Na sexta-feira, eu viajo com um grupo de amigos (esses reais). Então hoje quando comecei a escrever já sabia qual pergunta eu tinha que trazer pra cá. Sobre o que a gente poderia escrever essa semana.
E sim, gente, não rolou pergunta semana passada. Foi mal. Não consegui e “tá tudo bem”. Gabriel sempre me perdoa, e sei que vocês também.
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